quarta-feira, 2 de junho de 2010

Para meditar no feriadão: FAMÍLIA.

PARA QUEM SE PREOCUPA.

BOM FERIADO!

Andressa.



"Antigamente teste de paternidade eram todas as perguntas que as mulheres, e seus pais, faziam para o futuro noivo, para saber se ele seria um bom pai.
Hoje Teste de Paternidade significa o exame laboratorial que se faz para saber quem é o verdadeiro pai.

Moda Antiga. Seu filho e sua filha de 12 anos mostram enorme interesse em assistir ao filme baseado em um livro que eles estão lendo na escola. Você descobre que o lançamento será daqui a quatro sábados e promete que vai levá-los já na pré-estreia.
Será uma tarde muito especial, só vocês.

Com isso, você ganha pontos como pai, faz um golaço e tanto. Melhor ainda, agora eles serão os primeiros a contar para os colegas da escola como o filme se desenrola, serão o centro das rodas de conversa, heróis por um dia, graças à você. E eles começam a sonhar com o grande evento.

Três semanas se passam e na quinta-feira anterior à pré-estreia seus colegas de trabalho o convidam para um jogo de futebol seguido de um churrasco. Seu chefe vai estar lá, jogando com a turma. Um amigo se prontifica a buscá-lo às 10 horas do sábado. Você aceita sem pestanejar.

Ser convidado para jogar com o chefe é muito importante para a sua carreira, que por sinal não anda muito bem. Seria uma boa oportunidade para fazer média.
Você nem se lembrou do compromisso anteriormente assumido com seus filhos.

No sábado, às 10 horas em ponto, seu amigo está à porta quando seu filho, absolutamente estarrecido, lhe pergunta: "Pai, você esqueceu o nosso filme?"O que você faz em uma situação dessas?

1. Você diz que não irá ao futebol. Pede mil desculpas ao amigo, diz que não poderá jogar conforme o prometido. Pede que ele explique o ocorrido ao seu chefe, e fim de papo.
2. Você pede mil desculpas aos seus filhos, explica a situação, diz que o chefe vai estar lá, que você os levará no sábado que vem, com direito a pipoca em dobro, e tudo se resolverá a contento, sem prejuízo de ninguém.
Qual das duas opções você escolhe?

Se respondeu que não irá jogar futebol lamento dizer que você está mentindo. Todo mundo escolhe a segunda opção.

Afinal, é a sua carreira que pode estar em jogo. Você bem que podia se tornar mais amigo da turma do trabalho, você está inseguro. Aliás, quem não está?

O que quero discutir aqui é a razão por trás da sua escolha, o raciocínio que determinou a decisão de postergar o cinema com os filhos. Você fez essa opção porque no fundo sabe que seus filhos o amam.

E, porque o amam, eles entenderão. Sem dúvida, eles ficarão desapontados, mas não para sempre. Afinal, você conseguiu conciliar as agendas, só vai demorar mais um pouquinho para verem o filme.

Eu não tenho a menor dúvida de que você escolheu jogar futebol porque sabe muito bem que seu chefe não o ama.

Muito pelo contrário, ele não está nem aí para você.

Ele pode substituí-lo a qualquer momento, sem um pingo de remorso. Você aceitou jogar com os colegas para que eles gostem um pouco mais de você. E, com os seus filhos, que já o adoram, você aproveitou para negociar.

Eles não vão dizer nada, vão entender, mas sentirão calados uma punhalada nas costas. A lógica diz que deveríamos ser leais às pessoas que nos amam, mas na prática fazemos justamente o contrário.

Eu, provavelmente teria feito o mesmo. A única diferença é que para mim, sábados, domingos e feriados são dias da família.

O convite na quinta já teria feito acender uma luz vermelha, ou pelo menos amarela.

Eu imediatamente pensaria em que programa havia marcado com a minha família, e explicaria ao meu filho a mudança de planos já na quinta — e não no sábado, em cima da hora .

Se você acha que ninguém o ama ou que você não é suficientemente amado, talvez isso ocorra porque você não tem sido leal às pessoas a quem ama.

Achar que elas serão sempre compreensivas e razoáveis é seguramente o caminho para o desastre. Seus filhos acreditarão em você na próxima vez que lhes fizer uma promessa? Eles aprenderão o significado da palavra lealdade?

Seu chefe vai esquecê-lo totalmente um mês depois da sua aposentadoria, bem como os seus colegas de trabalho. Os únicos que jamais irão esquecê-lo serão os seus filhos, pela sua lealdade ou pelas pequenas decepções e infidelidades cometidas por você ao longo da vida.

Colocar as pessoas que não te amam em primeiro lugar, seu chefe, por exemplo, não parece ser uma estratégia que lhe trará felicidade a longo prazo. Colocar as pessoas que te amam em segundo plano é seguramente o caminho para o desastre.

Seu filho vai acreditar em você na próxima vez que você fizer uma promessa? E se no domingo surgir um outro tipo de imprevisto? Como por exemplo, os cinemas estiverem cheios e vocês tiverem de voltar para casa?

O ideal teria sido você não ter esquecido o compromisso com os seus filhos, mas a questão não é esta. A questão é que na vida você terá dezenas de decisões como esta, em que terá de decidir entre as pessoas que te amam e as pessoas que você gostaria que o amassem mais.

Muitos livros recomendam que você use o método da conta bancária nos seus relacionamentos pessoais.

A analogia é a seguinte. Você deposita todo dia na conta bancária do seu filho, não dinheiro, mas amor.

Vai fazendo agrados, viagens, sacrifícios, de tal forma que o seu filho seja seu credor.

Seguindo esse raciocínio, você terá um saldo positivo para fazer as burradas que faz de vez em quando. Nessas horas você saca da conta dele e, se tudo der certo, ele continuará seu credor e tudo bem.

"Eu te levei para assistir Harry Potter, o que vale 40 pontos mas quebrei minha promessa de assistir neste sábado os Ninjas — menos 30 pontos." "Continuo com saldo positivo. Portanto, está tudo bem."

Infeliz ou felizmente, crianças não "maximizam utilidade", não calculam o valor presente da bicicleta de Natal.

Crianças, como esposas, amigos e colegas de trabalho, se preocupam em saber em quem eles podem confiar.

Colocar as pessoas que o amam em segundo lugar, justamente porque elas o amam — e paralelamente colocar as pessoas que não o amam em primeiro lugar porque você gostaria de que estas pessoas o amassem mais —, é um caminho que irá levá-lo rapidamente à infelicidade familiar, sem garantia de felicidade não familiar.

Diferentemente do seu chefe, seus filhos jamais o esquecerão. Aliás, eles é que terão de lhe aguentar nos seus dias de solidão como aposentado, quando as empresas não quiserem mais contratá-lo.

Este blog vai tentar lhe ajudar nessas difíceis situações em que é necessário escolher entre os seus outros interesses e os interesses da sua família, dando-lhe os argumentos necessários, a visão ética e moral para que você possa fazer o que hoje está se tornando cada vez mais difícil: colocar a família em primeiro lugar. Especialmente se você for de sexo masculino.

A verdade nua e crua é que de uns tempos para cá, pais deixaram de ser pais.

Alguns capítulos já foram publicados anteriormente na Veja, que atualizei e modifiquei de forma apropriada para este livro.

Espero que possamos implantar várias das sugestões e ideias contidas neste livro, e melhorar nossa vida familiar.

Os nossos filhos merecem."

Stephen Kanitz – Livro: família acima de tudo.
Blog: http://familias.melhores.com.br/

4 comentários:

  1. Oi meu amor! Aqui sou eu, Vida, para dizer como o seu (nosso) blog está bonito.
    Te amo!!!!
    Vida.

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  2. Andressa, tem selinho pra vc no blog!!

    =*

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  3. Oi Adressa...
    Então, eu vou fazer 1º aluguel, porque eu não sei se compensa comprar, minha comprou o dela e se arrependeu!!!
    O preço eu amei!!! Afinal de contas, compensa pagar um pouquinho mais e ter o vesstido do jeito que a gente quer né?!
    E quanto ao vestido...vc acha que eu vou estragar a surpresa?!!! Só posso dizer que de pilhas e mais pilhas de revistas de noivas, ele foi o único a relamente me encantar...foi amor a 1ª vista!!!
    Bjo...

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